O governador eleito Eduardo Campos confirma a intenção de anunciar o seu secretariado no próximo dia 15.
Alguns pretendentes a um cargo de primeiro escalão confirmam a ansiedade que o fazem presa fácil da precipitação, apresentando-se como prováveis escolhidos – o melhor caminho para a exclusão.
Bem que poderiam se inspirar no bom estilo do falecido Tancredo Neves, que não jamais perdia a parada por incontinência verbal.
O Painel da Folha de S.Paulo de domingo registra esse conhecido episódio.
Você primeiro - Em 1984, como parte da articulação de sua candidatura à Presidência da República, Tancredo Neves (1910-1985) buscava um acordo com Aureliano Chaves. Decepcionado com a escolha de Paulo Maluf para concorrer ao cargo, o vice de João Baptista Figueiredo viria a formar, junto com outros dissidentes do PDS, a Frente Liberal, sócia da aliança que terminou por eleger Tancredo.
A dada altura da negociação, Aureliano sugeriu ao correligionário Marco Maciel, emissário de Tancredo, que este lhe escrevesse uma carta solicitando apoio. Ao ouvir a proposta, Tancredo respondeu com sua lendária cautela:
- Ótimo! Diga a ele para enviar a resposta dizendo que me apóia. Quando ela chegar, a carta estará pronta.
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