16 dezembro 2006

Bom dia, Moacir Félix


Auto-Retrato

Certa vez, numa aventura estranha
fugi
do estreito túmulo em que me estorcia
para uma ampliação sem fim.
Quando voltei
e senti, de novo, ferindo-me, o peso dos grilhões,
então não mais sabia quem eu era.
E nunca mais soube quem eu sou.
Talvez a sombra triste de um sonho de poeta.
Talvez a misteriosa alma de uma estrela
a guardar ainda no profundo cerne
a ilógica saudade de um passado astral.

Um comentário:

Anônimo disse...

Este poema é rico de simbolismos e nos faz pensar sobre o sentido da vida. Parabéns pela escolha!
Ronaldo