15 dezembro 2006

Bom dia, Ferreira Gullar


Meu povo, meu poema

Meu povo e meu poema crescem juntos
como cresce no fruto
a árvore nova

No povo meu poema vai nascendo
como no canavial
nasce verde o açúcar

No povo meu poema está maduro
como o sol
na garganta do futuro

Meu povo em meu poema
se reflete
como a espiga se funde em terra fértil

Ao povo seu poema aqui devolvo
menos como quem canta
do que planta

Um comentário:

Anônimo disse...

Este é um poema muito bonito, Luciano, emociona a gente e dá vontade de lutar.
Reinaldo