No G1: Deputados de diversos partidos se preparam para lançar até quinta-feira (14) um movimento de apoio à reeleição de Aldo Rebelo (PC do B-SP) à presidência da Câmara.
A expectativa é que deputados de PSB, PP, PMDB, PFL, PSDB e até do próprio PT integrem esse grupo de adesão a Rebelo.
O movimento será uma resposta ao PT, que anunciou na semana passada o nome do líder do governo, Arlindo Chinaglia (PT-SP), como candidato do partido à presidência da Câmara.
Os aliados de Rebelo têm pressa para fortalecer a candidatura do comunista e planejam um jantar ou um almoço para anunciar apoio à sua reeleição.
O encontro deve ocorrer até quinta-feira. "A idéia é fazer o movimento e consolidar e reforçar a candidatura do Aldo antes que os deputados saiam de recesso para as férias de Natal", explicou o líder do PSB, Renato Casagrande (ES).
Publicamente, Rebelo evita assumir a candidatura. Com discurso cauteloso, ele espera apenas receber a adesão de boa parte da base aliada para confirmar sua intenção de ficar no cargo a partir de fevereiro de 2007, quando ocorrem as eleições na Casa.
"A presidência da Câmara ou é um projeto de toda a instituição ou, pelo menos, um projeto amplamente majoritário", disse nesta segunda-feira (11).
Preferido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Aldo Rebelo conta com a oposição porque PFL e PSDB não querem que o PT leve a presidência em 2007. Sem maioria para impor um candidato oposicionista, tucanos e pefelistas preferem trabalhar pela manutenção de Rebelo no cargo.
No evento de adesão à candidatura do comunista, devem estar presentes também os deputados Ciro Nogueira (PP-PI) e Inocêncio Oliveira (PL-PE). Ambos serão o ponto de sustentação da candidatura de Aldo no chamado baixo clero, como são chamados os deputados de pouca expressão na Câmara.
Na bancada do PT, alguns deputados, em conversas reservadas, já deram o recado de que estão com Rebelo, entre eles José Eduardo Cardozo (SP) e Paulo Pimenta (RS), desafetos de Chinaglia dentro da bancada petista.
Embora o PMDB diga que terá candidato, o atual presidente da Câmara aposta que essa atitude faz parte apenas de uma estratégia dos peemedebistas para valorizar o apoio do partido nas eleições da Câmara.
Dentro da bancada do PMDB, Rebelo deve ter, primeiramente, o apoio da ala ligada ao presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), que defende a reeleição do colega na Câmara.
Preocupado com o desgaste da candidatura de Chinaglia, o presidente do PT, Marco Aurélio Garcia, admitiu nesta segunda que o partido pode abrir mão da candidatura. "(Chinaglia) é um nome para valer, mas é um nome para ser discutido", disse.
2 comentários:
Excelente!
Muito trabalho de articulação política consequente. Desejo tanto a reeleição de Aldo - que não está no páreo por vaidade política - como temos visto com nomes de outros partidos.
Está, pq tem competência, preparo, e sobretudo pq representa o PcdoB, força política inigualável na compreensão do momento histórico que vivemos, e sabe fazer as alianças necessárias para avançar na construção de uma sociedade mais justa.
Todavia, queremos (os comunistas) ir muito mais longe no tempo histórico. E sabemos para onde.
O cenário politíco que se prenuncia com o inicio do segundo governo Lula requer de todos partidos e lideranças da base do governo, muita cautela e moderação.não obstante a grande vitória eleitoral e politica do presidente, fato é que as cobranças e a pressão pelas reformas necessárias ao desenvolvimento do país serão muito mais efetivas.O momento que viveremos ,exige que a Camara dos Deputados seja comandada por alguem que passe segurança,respeito e equilibrio e tenha estrura moral para enfrentar as forças contrarias ao projeto de desenvolvimento que será implementado pelo governo federal, o nome de Aldo Rebelo é sem nenhuma dúvida ,o que mais aglutina as forças progressistas alem de transitar bem egosar do respeito das forças conservadoras.Portanto só quem poderá atrapalhar este caminho natural será o PT com sua incrível capacidade de trapalhadas.Luiz pereira
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