03 dezembro 2006

Água e do saneamento: desigualdade de acesso

Na Carta Maior (www.cartamaior.com.br): O Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) divulgou o Relatório de Desenvolvimento Humano (RDH). O estudo, que teve como temática a crise mundial da água e do saneamento, mostrou avanços do Brasil no nesta área, mas apontou desafios para o país. Carta Maior ouviu integrantes do governo federal e da sociedade civil para aprofundar estas questões à luz da experiência de quem discute o tema e convive com a realidade brasileira. Dono de 12% da água doce do mundo, o Brasil não consegue distribuir a profusão deste bem natural para a sua população e vê no abastecimento e no saneamento o reflexo das desigualdades sociais existentes no seu território.

Segundo o PNUD, os chamados “países em desenvolvimento” constituem hoje a ponta de lança de uma crise mundial da água. “No início do século 21, uma em cada cinco pessoas residentes em países em desenvolvimento — cerca de 1,1 bilhão de pessoas — não tem acesso à água potável. Cerca de 2,6 bilhões de pessoas, quase metade da população total dos países em desenvolvimento, não têm acesso a saneamento básico”, revela o relatório. Apesar deste quadro, o Brasil vem apresentando avanços, como o aumento do abastecimento de água de 83% para 90% entre 1990 e 2004, ano ao qual se refere o levantamento. O índice, indica o documento, é próximo dos países com alto Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) (o Brasil está na 69ª posição, no grupo de países com ‘médio’ IDH) e da meta de 91,5% estipulada no âmbito dos Objetivos do Milênio, conjunto compromissos socioeconômicos a ser atingidos até 2015 pelos países-membro da ONU.

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