11 janeiro 2007

Bom dia, Adalberto Monteiro


Fada

Tuas pequeninas mãos,
quais dois pequeninos peixes,
resvalam nas minhas pálpebras tristese dizem:
- Justamente agora que me convidaste
e eu cheguei, não vale te curvares à desgraça.
Leva os teus dedos
à minha boca salivante.
Trago o ungüento para sanar
as fraturas de teus ossos
e as chagas de tua alma.

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