27 março 2008

Conquista democrática

Coluna semanal no portal Vermelho:
De carteirinha. Por que não?
Luciano Siqueira

Nos tempos difíceis de restrição à democracia – que infelizmente predominaram nesse pouco mais de um século de República em nosso país -, vicejou a expressão “de careirinha” para caracterizar os ativistas mais combativos da luta do povo identificados com o Partido Comunista.

“Comunista de carteirinha” sempre significou militante “autêntico”, comprometido com o Partido, dedicado à causa comum. Mas, devido aos constrangimentos impostos aos comunistas, condenados à semi-legalidade e mesmo aos rigores da clandestinidade na maior parte dos seus 86 anos de existência, a carteira de identificação do militante só existira mesmo no curto de período do de legalidade vivido nos idos de 1946. Até que, em 2006, por ocasião do 11º. Congresso, foi instituída a Carteira Nacional Militante (CNM).

Renato Rabelo, presidente nacional do PCdoB, em entrevista a Priscila Lobregatte, na página Partido Vivo (www.pcdob.org.br), assinala, com toda razão, que “neste momento de afirmação partidária, ousadia política e consolidação orgânica do PCdoB em todo o país, a Carteira significa compromisso e orgulho de ser militante do partido; significa reforçar a vida partidária coletiva e dar conseqüência à importante idéia de que ninguém deve atuar sem papel definido no partido”.

A carteira é um direito de todo filiado ao PCdoB. É ela que assegura a prerrogativa de votar e ser votado e de tomar parte amplamente nos processos de decisão no Partido.

Conquista do PCdoB? Sim, sem dúvida; mas igualmente de todos os brasileiros que se batem pela democracia.

A existência legal do PCdoB, assegurada na Constituição do país, tem enorme importância para o processo democrático no Brasil e para a formação de uma consciência social avançada, condição indispensável a transformações de envergadura na sociedade brasileira.

A carteira militante, pois, emerge com símbolo de fortalecimento partidário e de afirmação dos ideais democráticos do povo brasileiro.

Esse amigo de vocês, militante desde os anos sessenta, hoje pode responder, orgulhosamente, aos que lhe perguntam: “Você é comunista?” – Sim, de carteirinha e tudo. Por que não?

Um comentário:

Roberta disse...

Boa Tarde, Luciano!!
Sobre esta questão da carteirinha, filiação....desde que me filiei não recebi nenhum(a) informação quanto a contribuição e sobre esta carteirinha...demora muito a receber e a pagar?? Nem mesmo sou informada sobre reuniões, etc....abraços!
Roberta Albuquerque