Picasso
Magma
Quando abro o corpo à loucura, à correnteza,
reconheço o mar em teu alto búzio
vindo a galope, enquanto cavalgas lento
meu corredor de águas.
A boca perdendo a vida sem tua seiva,
os dedos perdendo tempo enquantopara o amado a amada se abre em flor e fruto
(não vês que esta mulher te faz mais belo?).
A vida no corpo alegre de existir,
fiquei à espreita dos grandes cataclismos:daí beber na festa do teu corpo
que me galga esse castelo de águas.
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