O que
vem por aí
Luciano Siqueira, no Blog da Folha
A eleição de um presidente ostensivamente de extrema direita (de repetidas manifestações públicas de autoritarismo) por si mesma já marca um novo período político de caráter regressivo.
Como corolário, o risco de ambiente espontaneamente obscurantista e agressivo, prolongamento do que já se viu na campanha eleitoral.
Obviamente que milhões dos eleitores que optaram pelo candidato do PSL não o enxergam assim. Nem se aperceberam ainda de todas as implicações da nova cena política.
O elegeram sem conhecer seu programa. Sequer se deram conta de que a sua agenda é a mesma de Michel Temer — execrada pela população —, piorada.
Uma agenda que conflita frontalmente com os interesses da nação e dos trabalhadores e das camadas médias.
Também conflita com o setor produtivo de nossa economia, enquanto provoca entusiasmo no chamado mercado.
Num sinal claro de continuidade do ambiente de intolerância, uma deputada estadual recém-eleita pelo partido de Bolsonaro, Ana Caroline Campagnolo, divulgou anúncio conclamando alunos da rede escolar a denunciarem professores que manifestem de algum modo inconformismo com o resultado do pleito, assumindo a condição de uma espécie de "soldado" da interdição da livre pressão do pensamento e do debate de ideias.
Não exatamente com esse exorbitante viés autoritário, mas guardando muitas semelhanças, o Brasil já conheceu, em sua história recente, dois exemplos anteriores — Janio Quadros, no início dos anos sessenta e Fernando Collor, em 1989.
A frustração com ambos não demorou muito.
Provavelmente acontecerá com o governo do capitão Bolsonaro.
No início, gestos de efeito midiático, misto de arrogância com sinalizações demagógicas, concomitantemente com a implementação de medidas absolutamente antipopulares e impopulares.
Por consequência, o conflito será a marca do novo governo — seja em relação à parcelas crescentes da sociedade, seja no interior do próprio aparelho estatal.
Não se trata de premonição. Trata-se de reconhecimento de um cenário mais do que evidente.
A eleição de um presidente ostensivamente de extrema direita (de repetidas manifestações públicas de autoritarismo) por si mesma já marca um novo período político de caráter regressivo.
Como corolário, o risco de ambiente espontaneamente obscurantista e agressivo, prolongamento do que já se viu na campanha eleitoral.
Obviamente que milhões dos eleitores que optaram pelo candidato do PSL não o enxergam assim. Nem se aperceberam ainda de todas as implicações da nova cena política.
O elegeram sem conhecer seu programa. Sequer se deram conta de que a sua agenda é a mesma de Michel Temer — execrada pela população —, piorada.
Uma agenda que conflita frontalmente com os interesses da nação e dos trabalhadores e das camadas médias.
Também conflita com o setor produtivo de nossa economia, enquanto provoca entusiasmo no chamado mercado.
Num sinal claro de continuidade do ambiente de intolerância, uma deputada estadual recém-eleita pelo partido de Bolsonaro, Ana Caroline Campagnolo, divulgou anúncio conclamando alunos da rede escolar a denunciarem professores que manifestem de algum modo inconformismo com o resultado do pleito, assumindo a condição de uma espécie de "soldado" da interdição da livre pressão do pensamento e do debate de ideias.
Não exatamente com esse exorbitante viés autoritário, mas guardando muitas semelhanças, o Brasil já conheceu, em sua história recente, dois exemplos anteriores — Janio Quadros, no início dos anos sessenta e Fernando Collor, em 1989.
A frustração com ambos não demorou muito.
Provavelmente acontecerá com o governo do capitão Bolsonaro.
No início, gestos de efeito midiático, misto de arrogância com sinalizações demagógicas, concomitantemente com a implementação de medidas absolutamente antipopulares e impopulares.
Por consequência, o conflito será a marca do novo governo — seja em relação à parcelas crescentes da sociedade, seja no interior do próprio aparelho estatal.
Não se trata de premonição. Trata-se de reconhecimento de um cenário mais do que evidente.
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