05 julho 2006

Eleições: uma pedra no caminho


O calendário eleitoral brasileiro tem uma pedra no meio do caminho. A cada dois anos tem eleição – agora, para a presidência, o Senado, a Câmara, os governos estaduais e as assembléias legislativas; daqui a dois anos, para as prefeituras e câmaras municipais. Melhor seria se ocorressem periodicamente eleições gerais, em que fossem disputados todos os cargos, de cima a baixo. Evitaria um nocivo entrelaçamento de interesses que muitas vezes perturba o pleito que está sendo disputado. Pelo menos do ponto de vista de alguns partidos e lideranças. Não são poucos os que pelejam agora mirando as prefeituras em 2008, por exemplo.

No PSDB, estaria existindo um conflito contrapondo o candidato à presidência da República, Geraldo Alckmin, ao ex-prefeito de São Paulo José Serra e o atual governador de Minas Gerais, Aécio Neves. Alckmin teria se comprometido em defender a extinção do instituto da reeleição e agora mudou de idéia. Aécio e Serra, de olho na disputa presidencial, em 2010, mostram-se insatisfeitos. A conseqüência imediata disso será arrefecer mais ainda os ânimos de ambos, que já não estariam tão empenhados na campanha do ex-governador paulista.

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