04 agosto 2006

Alckmin e o Nordeste: amnésia e naftalina


Fernando Henrique Cardoso, do PSDB, extinguiu a Sudene

Veja a ampla cobertura que o Jornal do Commercio de hoje dá às promessas do candidato do PSDB à presidência da República, Geraldo Alckmin, em relação ao Nordeste. Um plano de desenvolvimento sintetizado em onze pontos, tendo como destaque a recriação da Sudene. Fora disso, remanejamento orçamentário e criação de novos fundos de investimento; e uma lista de indicadores em torno dos quais são fixadas metas aferidoras da redução do crescimento regional em relação ao País e de melhora dos índices sociais.

E a transposição das águas do São Francisco, que peso terá na dinâmica desenvolvimentista regional? Para os tucanos, perece que nenhum, pois sequer fazem menção ao assunto.

Com todo respeito, parece um alinhavado de promessas escritas em gabinete, que em certos aspectos padecem de amnésia (quem extinguiu a Sudene não foi Fernando Henrique Cardoso, do PSDB?) e exalam naftalina pura (até no nome: “Novo Nordeste”), típica das concepções de modernização conservadora da economia.

Demais, é inescapável a percepção da velha visão elitista paulista que encara o Nordeste como região-problema e não a aborda a partir de suas potencialidades e de uma política nacional de desenvolvimento regional.

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