24 outubro 2006

O Aerolu, um jatinho simples

É um longo itinerário de 20.100 quilômetros, meia volta ao mundo, mais de 25 horas de vôo mesmo a 789 km/h. Um sacrifício para a ex-primeira dama de São Paulo, que ganhou celebridade no episódio dos 400 vestidos que ganhou de presente do estilista Rogério Figueiredo (clique aqui para ver Alckmin e os 400 ''vestidinhos'' de dona Lu).

É compreensível que uma tão penosa maratona exija um mínimo de conforto e infraestrutura. Os vôos para lugares assim muitas vezes não dispõem de primeira classe. Para fazer a viagem em classe econômica o preço sairia em torno de R$ 9.600, mas o sacrifício se tornaria insuportável.

Foi providenciado então o Aerolu. Nada de suntuoso, um jato executivo de oito lugares (piloto, copiloto e seis passageiros), com um mínimo de autonomia, 5 horas de vôo ou 3.426 km, para os longos percursos.

O avião fretado, prefixo PT-FTB (como se pode ver na foto), por acaso acaba de ser vendido, de forma que se conhece o seu valor aproximado: US$ 3,9 milhões, ou R$ 8,3 milhões. Nada como o Aerolula, esse jato de luxo, que a FAB adquiriu por US$ 56,7 milhões, ou R$ 120,9 milhões, ao câmbio de hoje.

Saiu um pouco mais caro: em vez dos R$ 9.600 dos vôos de carreira, foram R$ 350 mil. Mas, afinal, o que está em jogo nestes dias é a Presidência da República. Uma despesa de R$ 350 mil para passar oito dias viajando, em companhias como a de Humberto Casaro, está mais que razoável, não é?

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