04 abril 2007

DESTAQUE DO DIA

Pelo fortalecimento das Forças Armadas

Certa vez, em meio a um debate sobre a soberania nacional, da platéia nos veio a pergunta instigante:

- Como pode um comunista, ex-preso político, torturado sob o regime militar, pode defender o fortalecimento das Forças Armadas?

De pronto respondemos que não havia nenhuma incoerência de nossa parte. Não podemos confundir o deplorável papel desempenhado pelas Forças Armadas de 1964 a 1985 com a missão constitucional da instituição. Nem desconhecer a mudança conceitual e política verificada na oficialidade que ocupa os comandos hoje.

O fato é que o Brasil exibe uma imensa defasagem entre o tamanho do seu território, a extensão de sua fronteira e de sua costa e o número de efetivos militares, um dos menores do mundo em termos relativos.

Por isso, estamos inteiramente de acordo com o presidente Lula, que em cerimônia de promoção de oficiais-generais, ontem, em Brasília, disse que não medirá esforços “para levantar recursos para reaparelhar as três Forças. Temos longos e difíceis caminhos a percorrer no ar, na terra, no mar. Queremos um plano sério de desenvolvimento da indústria de defesa. As fronteiras terrestres, as águas e o espaço aéreo demandam forças aparelhadas e adestradas”.

Ora, as nações têm três símbolos de sua soberania: o idioma, a moeda e a integridade do seu território.

A defesa da integridade do território nacional é dever constitucional das Forças Armadas, que para tanto precisam de recursos humanos e materiais satisfatórios.

Um comentário:

Anônimo disse...

Sr. Luciano:
Sua opinião, além de consistente, é um gesto de grandesa, sendo o Sr. um ex-preso político.
Saudações,
Mj Albuqueruqe