Confusos, tucanos reclamam até de conversa com o presidente
Conversar não tira pedaço de ninguém. Na vida democrática é natural que adversários conversem, respeitosamente, sem que isso signifique abrir mão de princípios e opiniões. O diálogo é sempre útil, além de exemplo de civilidade.
Ocorre que tucanos da esfera nacional e local têm manifestado estranheza pelo fato de que alguns dos seus líderes – incluindo o presidente do PSDB, senador Tarso Jereissati – têm acolhido o convite do presidente Lula para o diálogo. E cá na província, o senador Sérgio Guerra fez o mesmo em relação ao governador Eduardo Campos.
Estranheza, no caso, é sinal de insegurança. E a insegurança política decorre da derrota colhida pelos tucanos no último pleito, que além de eleitoral também foi política e ideológica. O candidato Geraldo Alckmin chegou a vestir uma jaqueta com broches de empresas estatais para dizer que abria mão das privatizações, uma das pedras de toque do programa partidário.
Derrotado, o partido tem anunciado, pela voz de alguns dos seus próceres, como o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o governador de Minas Geras, Aécio Neves – que deve reformular seu ideário.
Um grande partido em busca de um projeto. Convalescente. Portanto, inseguro politicamente.
Um comentário:
Luciano: Os tucanos, que representam a fina flor da elite paulista, estão se sentindo humilhados pelo sucesso do governo do operário metalúrgico, estão sem idéias nem unidade, por isso fazem esse escarcel de ciúmes quando um deles aceita conversar com o presidente.
André Luis
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