25 janeiro 2008

Boa tarde, José Martí


Quem vê um monte de espumas

Quem vê um monte de espumas,
é bem meu verso o que vê:
é meu verso um monte, e é
também um leque de plumas.

Meu verso é como um punhal
cujo punho é florescente:
é meu verso uma nascente
que lança água de coral.

Meu verso é de um verde claro
e de um carmim incendido:
meu verso é um cervo ferido
que busca no monte amparo.

Meu verso ao valente agrada:
meu verso, breve e leal,
tem o vigor imortal
do aço de que é feita a espada.

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