19 julho 2009

Ao amigo Scarpa, sobre as investigações acerca da Guerrilha do Araguaia

Querido Scarpa:

Leio com a atenção de sempre essa nota de sua coluna de hoje: Familiares e companheiros de 47 mortos e desaparecidos políticos durante a ditadura militar enviaram carta ao governo federal manifestando “indignação e repúdio” às atividades ora desenvolvidas pelo governo na região onde ocorreu a guerrilha do Araguaia. “Assistimos, estarrecidos, a ida de uma caravana essencialmente militar, sem a presença dos familiares, sem a participação da Comissão Especial para Mortos e Desaparecidos, sem a presença da Secretaria Especial de Direitos Humanos. Acompanhamos também estarrecidos, as informações divulgadas pela imprensa de que o comandante da operação buscou afastar a presença dos jornalistas”, afirmam. Os familiares dizem, ainda, que esperavam, “como esperamos já há mais de 30 anos”, que medidas fossem tomadas pelo presidente Lula “para atender as nossas reivindicações” e que “o PCdoB, partido que conduziu a guerrilha, ouvisse nosso clamor”.

Senti falta de um complemento, que você bem poderia ter acrescentado: a) que o PCdoB sempre se empenhou para que a verdade sobre o Araguaia viesse à tona via abertura dos arquivos oficiais, além de integrar todas as caravanas de familiares que se deslocaram à região; b) que por decreto do presidente Lula, anunciado na semana passada, a presença dos familiares nas atuais investigações está assegurada.

Grande abraço,
Luciano

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