Discursos de posse fazem sentido
Luciano Siqueira, no Blog da Folha
Recordo-me da minha estreia na tribuna da
Assembleia Legislativa de Pernambuco, quando do meu primeiro mandato de
deputado estadual, em 1983, em que critiquei o discurso de posse do então
governador Roberto Magalhães, do PDS, no qual em nenhum trecho se lia a palavra
'povo'. Usei esse dado como fio condutor da minha fala, destinada a firmar a linha
oposicionista que adotaria, questionando o caráter elitista da gestão que se
iniciava.
Deputados governistas, na ocasião, foram ao microfone de aparte defender o governador. Um deles, esgotados seus argumentos, questionou por que eu dera tamanha importância ao discurso de posse, se o que importaria dali em diante seria a prática de governo.
O fato me vem à mente agora diante do tanto que se escreveu e comentou a propósito do pronunciamento da presidenta Dilma, ao ser empossada no Congresso Nacional, dia 1º. de janeiro. Tucanos e seus parceiros do complexo midiático oposicionista, num sinal claro de que não darão tréguas à presidenta, procuraram desidratar o teor do discurso - ora sugerindo uma suposta falta de credibilidade (sic) da governante que inicia seu segundo mandato consecutivo conferido pela maioria dos eleitores, ora tentando minimizar ou distorcer o peso de compromissos reafirmados em relação aos rumos do país.
Na verdade, além de reafirmar pontos programáticos defendidos em campanha, o governante empossado há de sinalizar para o grande público, em termos compreensíveis pela maioria, a pedra de toque do governo. Assim se deu com Lula, e se repete, pela segunda vez, com Dilma. Além de frisar, com clareza e ênfase, compromissos com as reformas estruturais - a política em especial - como parte do projeto de desenvolvimento nacional e democrático, no qual pretende persistir, a presidenta anunciou o lema "Brasil, pátria educadora". Quando da posse anterior, o lema era "País rico é país sem miséria".
Passados os seus primeiros a frente da nação, a presidenta Dilma pôde comemorar a retirada do nosso país do mapa da pobreza definido pela ONU. Ao final do atual mandato, quem sabe inclusive com o benefício dos recursos advindos da exploração do petróleo da camada do Pré-Sal, Dilma venha a comemorar avanços expressivos no terreno da educação.
Desse modo, o lema se mostra muito mais do que jogada de marketing; funciona como ponto de confluência do grande debate que prossegue em torno do caminho pelo qual o Brasil possa se afirmar como ação soberana, democrática e socialmente avançada.
Deputados governistas, na ocasião, foram ao microfone de aparte defender o governador. Um deles, esgotados seus argumentos, questionou por que eu dera tamanha importância ao discurso de posse, se o que importaria dali em diante seria a prática de governo.
O fato me vem à mente agora diante do tanto que se escreveu e comentou a propósito do pronunciamento da presidenta Dilma, ao ser empossada no Congresso Nacional, dia 1º. de janeiro. Tucanos e seus parceiros do complexo midiático oposicionista, num sinal claro de que não darão tréguas à presidenta, procuraram desidratar o teor do discurso - ora sugerindo uma suposta falta de credibilidade (sic) da governante que inicia seu segundo mandato consecutivo conferido pela maioria dos eleitores, ora tentando minimizar ou distorcer o peso de compromissos reafirmados em relação aos rumos do país.
Na verdade, além de reafirmar pontos programáticos defendidos em campanha, o governante empossado há de sinalizar para o grande público, em termos compreensíveis pela maioria, a pedra de toque do governo. Assim se deu com Lula, e se repete, pela segunda vez, com Dilma. Além de frisar, com clareza e ênfase, compromissos com as reformas estruturais - a política em especial - como parte do projeto de desenvolvimento nacional e democrático, no qual pretende persistir, a presidenta anunciou o lema "Brasil, pátria educadora". Quando da posse anterior, o lema era "País rico é país sem miséria".
Passados os seus primeiros a frente da nação, a presidenta Dilma pôde comemorar a retirada do nosso país do mapa da pobreza definido pela ONU. Ao final do atual mandato, quem sabe inclusive com o benefício dos recursos advindos da exploração do petróleo da camada do Pré-Sal, Dilma venha a comemorar avanços expressivos no terreno da educação.
Desse modo, o lema se mostra muito mais do que jogada de marketing; funciona como ponto de confluência do grande debate que prossegue em torno do caminho pelo qual o Brasil possa se afirmar como ação soberana, democrática e socialmente avançada.
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