A paixão nas arquibancadas
Luciano Siqueira
Leio agora na Folha de S. Paulo que há 30 anos, em estréia na Copa América, em Salvador, a seleção brasileira foi impiedosamente vaiada pela torcida presente ao estádio da Fonte Nova.
É que um jogador do Bahia, Charles, havia sido cortado do elenco pelo então técnico Sebastião Lazaroni, que dera a preferência a Renato Gaúcho.
Em contraste, na próxima terça-feira se espera o apoio unânime dos torcedores novamente no estádio da Fonte Nova, onde Brasil enfrentará a Venezuela. Pelo menos é o que imagina o capitão da canarinha, o baiano do Paris Saint German, Daniel Alves.
O fato é que a despeito do grande negócio movido a dólar e a euro em que se converteu o futebol no mundo, a paixão nas arquibancadas sobrevive.
É como que os torcedores estivessem desinformados conscientemente, deixando a segundo plano o jogo de forças do grande capital envolvido nas competições, preferindo preservar a vibração fora das quatro linhas como uma coisa sua, destinada a extravasar virtudes, defeitos, frustrações, desejos e tantas outras emoções acumuladas no cotidiano.
Tanto isso é verdade que mesmo no atual futebol brasileiro, decadente tecnicamente e em busca de uma solução organizativa de que está muito longe ainda, consegue lotar estádios até mesmo nas desprestigiadas séries C e D, quando em campo pelejam times de algum prestígio popular.
De toda sorte, a seleção brasileira já não é a mesma. Longe de despertar a paixão de outrora e algo distante do cotidiano dos torcedores — até porque formada por atletas que atuam pelo mundo afora, muitos deles sem trajetória pregressa em agremiações brasileiras.
Antigamente, a própria convocação dos jogadores era motivo de muita discussão e arenga em razão da preferência por este ou aquele, da parte das grandes torcidas.
Além disso, a própria cobertura midiática já não consegue esconder que o que está em jogo mesmo na convocação dos atletas são interesses de empresários e de grandes patrocinadores no mercado internacional.
Entretanto, mesmo em ambiente decadente, no qual se insere a própria Copa América, espera-se estádio cheio e torcida vibrante terça-feira próxima.
Será?
Luciano Siqueira
Leio agora na Folha de S. Paulo que há 30 anos, em estréia na Copa América, em Salvador, a seleção brasileira foi impiedosamente vaiada pela torcida presente ao estádio da Fonte Nova.
É que um jogador do Bahia, Charles, havia sido cortado do elenco pelo então técnico Sebastião Lazaroni, que dera a preferência a Renato Gaúcho.
Em contraste, na próxima terça-feira se espera o apoio unânime dos torcedores novamente no estádio da Fonte Nova, onde Brasil enfrentará a Venezuela. Pelo menos é o que imagina o capitão da canarinha, o baiano do Paris Saint German, Daniel Alves.
O fato é que a despeito do grande negócio movido a dólar e a euro em que se converteu o futebol no mundo, a paixão nas arquibancadas sobrevive.
É como que os torcedores estivessem desinformados conscientemente, deixando a segundo plano o jogo de forças do grande capital envolvido nas competições, preferindo preservar a vibração fora das quatro linhas como uma coisa sua, destinada a extravasar virtudes, defeitos, frustrações, desejos e tantas outras emoções acumuladas no cotidiano.
Tanto isso é verdade que mesmo no atual futebol brasileiro, decadente tecnicamente e em busca de uma solução organizativa de que está muito longe ainda, consegue lotar estádios até mesmo nas desprestigiadas séries C e D, quando em campo pelejam times de algum prestígio popular.
De toda sorte, a seleção brasileira já não é a mesma. Longe de despertar a paixão de outrora e algo distante do cotidiano dos torcedores — até porque formada por atletas que atuam pelo mundo afora, muitos deles sem trajetória pregressa em agremiações brasileiras.
Antigamente, a própria convocação dos jogadores era motivo de muita discussão e arenga em razão da preferência por este ou aquele, da parte das grandes torcidas.
Além disso, a própria cobertura midiática já não consegue esconder que o que está em jogo mesmo na convocação dos atletas são interesses de empresários e de grandes patrocinadores no mercado internacional.
Entretanto, mesmo em ambiente decadente, no qual se insere a própria Copa América, espera-se estádio cheio e torcida vibrante terça-feira próxima.
Será?
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