04 junho 2020

Para confundir e enganar


O algoritmo que alimenta a onda de notícias falsas
Fragmento de matéria de O Globo de hoje

A divulgação de que verbas de estatais e da Secretaria de Comunicação da Presidência (Secom) irrigaram sites conhecidos por divulgarem notícias falsas e fazerem ataques a instituições lançou luz sobre um tipo de ferramenta pouco conhecida no Brasil: a mídia programática.
Este mecanismo utiliza algoritmos para determinar quais sites ou aplicativos de telefone celular devem receber anúncios de uma determinada campanha.
De acordo com reportagens publicadas ao longo da semana pelo GLOBO e com um relatório divulgado na terça-feira pela CPMI das Fake News, isso permite que dinheiro público monetize sites, canais do YouTube e aplicativos de celular que divulgam conteúdo considerado “inadequado” como pornografia e notícias falsas.
Em campanhas de governos, a discussão é ainda mais delicada porque os anúncios não preveem vendas de produtos específicos para um público-alvo exato. Em entrevista coletiva convocada às pressas no fim da tarde de ontem, a Secom buscou eximir-se de culpa e o secretário de Publicidade, Glen Valente, afirmou que o órgão não pode “julgar conteúdos” para classificar canais como de “fake news”.
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