07 dezembro 2006

Bom dia, Ariano Suassuna



Lápide
Com tema de Virgílio, o Latino, e de Lino Pedra-Azul, o Sertanejo

Quando eu morrer, não soltem meu Cavalo
nas pedras do meu Pasto incendiado:
fustiguem-lhe seu Dorso alardeado,
com a Espora de ouro, até matá-lo.

Um dos meus filhos deve cavalgá-lo
numa Sela de couro esverdeado,
que arraste pelo Chão pedroso e pardo
chapas de Cobre, sinos e badalos.

Assim, com o Raio e o cobre percutido,
tropel de cascos, sangue do Castanho,
talvez se finja o som de Ouro fundido

que, em vão – Sangue insensato e vagabundo —
tentei forjar, no meu Cantar estranho,
à tez da minha Fera e ao Sol do Mundo!

2 comentários:

Anônimo disse...

Parabéns Luciano pelo seu Blog, leitura diária minha. Por coincidência, lancei ontem um desafio aos litores do meu blog que tem a ver com o mestre Ariano. Para vc e para seus leitores e admiradores de Ariano, eis o endereço: www.blogdoalvaro.blig.ig.com.br

Abraços

Anônimo disse...

Vida pra que te quero Vida?
Vontade Infinita De Amar (VIDA)!

Minhas raízes são divinas
Raízes estas da luta e da glória
Da força e esperança
Do desejo sincero de AMAR

Nasci do amor, simplesmente
do AMOR
Por isso, quero amar infinitamente
Mesmo sentindo dor!