Mas há, nitidamente, dificuldades dos estudiosos do mundo acadêmico quando se trata de compreender o processo real através do qual as idéias são testadas na prática. Em geral, passam eles a impressão de que imaginam tudo ser possível, desde que para tanto haja suficiente vontade política. As circunstâncias concretas, o ambiente jurídico e financeiro e, sobretudo, a correlação de forças na sociedade e nos fóruns institucionais decisórios passam muito ao largo nas análises. Do que resulta, não raro, uma crítica algo sectária, doutrinária e principista – muito distante da realidade viva.
De outra parte, cabe anotar o quanto padecem muitos dos que operam a luta política cotidiana de um conhecimento mais abrangente, sistêmico e fundamentado dos problemas. Nem precisamos ir longe. Na própria UFPE há um acervo de contribuições de grande valor, à disposição dos interessados.
Seminários como o que ora se realiza na UFPE dão ensejo a essa necessária e pouco perseguida aproximação entre a academia e a gestão pública e a peleja legislativa. Mas são insuficientes, pois além de pontuais, esporádicos e pouco divulgados, quase nunca guardam relação direta com a agenda política.
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