Não há justificativa para este governo reascender a fogueira que em tempos passados mobilizou milhões de trabalhadores em defesa de seus direitos. Seria bom os patrocinadores dessa proposta serem alertadas sobre o potencial de conflitos que eles estão criando. Como diz o povo, em porteira que passa um boi passa uma boiada. O conhecido ideólogo das reformas sindical e trabalhista e consultor de entidades patronais, José Pastore, por exemplo, já disse que numa “moderna” forma de relações trabalhistas as negociações salariais não precisam necessariamente ser por meio dos sindicatos.
A tese de que um caminho definido de desenvolvimento depende da aglutinação de forças interessadas em reascender as esperanças econômicas e sociais do povo é antiga. Os defensores dessa idéia sempre insistiram num amplo esforço para erradicar as bases históricas do autoritarismo e assim começar a moldar um projeto verdadeiramente nacional. O Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) tem como uma de suas deficiências o arrocho salarial determinado aos servidores. Mas para um projeto de desenvolvimento, os servidores públicos são essenciais. Por que, então, penalizar ainda mais essa categoria com a imposição de restrição ao direito de greve?
Um comentário:
Parabéns ao sindicalista Wagner pela opinião segura e esclarecedora. O presidente Lula tem que mudar de idéia, não faz sentido a proposta do ministro Paulo Bernardo.
Ezequiel
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