29 março 2007

Infidelidade institucionalizada

O Estado de São Paulo:
A base do governo na Câmara se prepara para aprovar uma lei que proteja deputados que troquem de partido. É uma reação ao parecer emitido anteontem pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE), segundo o qual os partidos têm direito a ficar com a vaga de deputados que mudem de sigla; com isso, tais parlamentares estariam sujeitos a perder o mandato. Nos últimos meses, 36 deputados trocaram de partido, transferindo-se principalmente para legendas governistas. O líder do PR, deputado Luciano Castro (RR), é o principal defensor da aprovação de uma lei que permita explicitamente o troca-troca, o que tornaria inócuo o parecer do TSE. Para Castro, na hora de votar o eleitor não leva em conta o partido do candidato. "Vota porque conhece a trajetória do político", diz. O presidente da Câmara, Arlindo Chinaglia (PT-SP), também defende essa solução. Já PPS, PSDB, PFL e PDT anunciaram ontem que recorrerão à Justiça para tentar reaver os mandatos dos deputados federais que trocaram de partido. Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) avaliam que se o caso chegar a essa corte, o parecer do TSE será mantido.

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