A plataforma como vacina
A reforma ministerial está prestes a ser concluída. Falta muito pouco. Assim mesmo, os últimos lances dão o que falar.
Marta Suplicy (PT-SP) lutou muito pelo ministério das Cidades, e se sentia mais do que contemplada com o da Educação. Ficou com o do Turismo, excluída a Infraero, que “turbinaria” a pasta.
Já Miguel Rosseto (PT-RS), convidado pelo presidente Lula para retornar ao ministério do Desenvolvimento Agrário, preferiu declinar do convite alegando que se prepara para disputar a prefeitura de Porto Alegre.
Dois pesos e duas medidas? Talvez não, desde que Lula não tenha exigido que os novos ministros permanecessam no cargo durante o pleito de 2008, como se chegou a ventilar.
De outra parte, o PMDB, a pedido do presidente, cuida de encontrar um nome de consenso (nas hostes peemedebistas) para substituir o deputado paranaense Odílio Balbinotti, às voltas com processos relativos a suposta prática de falsidade ideológica.
Já o PSB, alijado do ministério da Integração Nacional, agora ocupado Gedel Vieira Lima (PMDB-BA), parece se contentar com a permanência na pasta da Ciência & Tecnologia e com a Secretaria Nacional e Portos, a ser comandada por um socialista ligado ao deputado cearense Ciro Gomes, Pedro Brito, antecessor de Gedel.
O PR, que pilotará o ministério dos Transportes, reclama da perda dos portos.
O PCdoB deve continuar comandando o ministério do Esporte.
Moral da história: montar governo de coalizão quase sempre é complicado – embora politicamente necessário.
Mais: tomara que em todas as negociações o presidente tenha sobre o birô a plataforma de sete pontos que apresentou na campanha eleitoral, base de uma deseja coesão do governo. Ela é a vacina disponível - que esperamos seja eficaz - para evitar que o governo perca substância.
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