02 abril 2007

Bom dia, Regina Carvalho


Não é de violinos

Não é de violinos
o canto do meu povo
é de garganta
narinas, pífanos atabaques e emboladas.
A baqueta de sua orquestra
é de quengas tambores e tamancos.
Rege meu povoo pescoço
a veia pulada
a raís dos pés
o sangue selvagem.
São cânticos ancestrais
de deuses desterrados
que ninguem lembra mais...
O canto do meu povo mestiço
amordaçado em guitarras elétricas
\e signos que desconheço.
Oh, jia na beira do rio
Oh, jia na beira do rio
quem vai querer estes signos?
Quero não quero não quero não...

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