19 abril 2007

Ficha de leitura: “Eco-paranóia”

“Uma expansão da produção do etanol só pode gerar emprego e aumentar salários. Lembrando que a atual produção de 17 bilhões de litros de álcool ocupa só 3 milhões de hectares (outros 3 milhões para o açúcar) e que o Brasil, excluindo a área com atividade agrícola, toda área ocupada por floresta ou ambientalmente sensível, dispõe de 300 milhões de hectares de solo com qualidade e pluviometria adequadas para o cultivo da cana, podemos concluir que, multiplicando por dez a produção atual, não seriam ocupadas senão 10% das terras.

Com a adoção das melhores tecnologias já em uso ou em estado de desenvolvimento avançado, esse percentual pode ser reduzido para entre 3 e 5%. Com isso em vista, só uma extrema eco-paranóia justificaria o temor de expulsão do cultivo de alimentos e fome desenfreada no Brasil.” (Rogério Cezar de Cerqueira Leite, no artigo A transnacionalização do ecobesteirol, na Folha de S. Paulo).

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