Na Gazeta Mercantil:
. Os preços médios da energia elétrica comprada no mercado de curto prazo dispararam 256% esta semana em relação á passada, para R$ 62,64 o megawatt-hora (MWh), rompendo uma trajetória de estabilidade nas cotações iniciada na primeira quinzena de janeiro deste ano, quando o valor foi fixado em R$ 17,59 por MWh. "Apesar da proximidade do período de seca, não é normal o preço subir como nesta semana", afirma Marcelo Parodi, sócio da comercializadora Comerc, que prevê grande dificuldade das empresas, daqui para frente, de negociar com os geradores novos contratos de energia.
. "Estamos na iminência de um apagão contratual", diz ele, lembrando que muitos contratos devem vencer no fim do ano e começo de 2008.
. Parodi aponta como principal fator para a alta do insumo a reação inesperada do Operador Nacional do Sistema (NOS), responsável pelo controle do sistema elétrico nacional, que decidiu acionar três termelétricas após constatar que o volume de chuva no Sudeste ficou, semana passada, abaixo da média histórica. "Embora os reservatórios das hidrelétricas ainda estejam cheios, o NOS adotou uma estratégia pessimista para os próximos meses e resolveu preservar a água armazenada por meio do despacho das termelétricas, que geram energia a custos bem superiores", afirma.
. Tradicionalmente, as usinas térmicas começam a operar em maio, quando historicamente há redução nos níveis de chuva. Um estudo divulgado ontem pelo Instituto Acende Brasil alertou para o risco de racionamento energético a partir de 2010, caso haja atrasos na construção de novas usinas e crescimento acelerado da demanda.
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