Do Editorial do Vermelho:
“...a criação da tevê pública é um passo importante, decisivo, na democratização dos meios de comunicação, mas não é o único, como apontam duas outras manifestações ocorridas no Fórum.
A primeira delas foi o protesto contra a repressão às rádios e tevês comunitárias. Representantes da Associação Brasileira de Rádios Comunitárias (Abraço) e da Associação Brasileira de Canais Comunitários ABCCom querem o fim da perseguição contra as emissoras comunitárias, participar do debate tecnológico em curso, e acesso à transmissão digital para rádio e tevê.
O outro aspecto fundamental para essa democratização é a da presença da produção independente e da diversidade regional em uma programação que, como disse Gilberto Gil, evite a degradação da solidariedade, reconheça as nações indígenas, promova a atualização de valores, valorize a diversidade e o acesso à informação. E acabe de vez com a realidade descrita pela pesquisa "Onde está o Negro na TV Pública", divulgada no evento. Ela avaliou a programação das três principais emissoras públicas brasileiras (a TV Cultura, a TVE Rede Brasil e a TV Nacional), mostrando a predominância de padrões estéticos brancos entre as pessoas que participam dos programas analisados nos quais mais de 80% dos convidados eram brancos, e menos de 20% eram negros ou índios. Ao contrário do que ocorre hoje, uma tevê democrática e que reflita o Brasil precisa mostrar, em sua programação, a cara do povo brasileiro."
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