“Como uma dupla de vôlei de praia”
Nunca é demais repetir a analogia, que nos é tão cara, entre a política e o amor. Em ambas as esferas da experiência humana, os gestos valem mais do que mil palavras. E as palavras devem ser pronunciadas com o cuidado devido – para não ferirem o vernáculo nem atentarem contra a gramática, mas principalmente para que o diálogo flua fácil. Mesmo quando há pontos de vista divergentes.
Livres de qualquer presunção, anotamos com prazer que nossa entrevista ao Jornal do Commercio, domingo último, e as declarações que se seguiram, têm recebido a melhor acolhida por parte de todos os partidos aliados, algumas vozes – como as dos deputados Armando Monteiro Neto (PTB) e Maurício Rands (PT) – as reforçando em termos mais do que generosos.
Isso anima qualquer militante, sobretudo a quem se esforça sempre na busca de consensos, compreendendo que o consenso jamais é cinza, pois comporta diferenças de nuances na apreciação deste ou daquele problema.
Dentre os nossos interlocutores privilegiados, pela convivência diária no governo do Recife, o prefeito João Paulo tem se esmerado em preservar a unidade conquistada. Costuma dizer que ele, prefeito, e o seu vice-prefeito, somos “como uma dupla de vôlei de praia: um levanta e o outro corta”.
Ontem, ao despacharmos em seu gabinete sobre um conjunto de problemas administrativos, demos tempo à troca de impressões acerca do objeto de nossa entrevista ao JC – o pleito de 2008. E a constatação, uma vez mais, é a de que nossas ótimas relações continuam mais sólidas do que nunca.
O que nos faz lembrar uma passagem de O Capital, de Karl Marx: “A é igual a B, logo A é diferente de B”. Ou seja: somos diferentes um do outro, a começar pela filiação partidária, mas temos em comum os mesmos compromissos estratégicos na luta do povo e o mesmo desejo de unir nossas forças para vencer o pleito de 2008 no Recife.
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