Desafio da economia solidária
O capitalismo que se instalou no Brasil sempre teve a marca da exclusão, porque precocemente monopolizado e pela convivência com a manutenção do latifúndio como forma de propriedade predominante no campo.
A cidade, lócus da indústria, atraiu mais gente do que podia, em busca de trabalho. Uma mão de obra em geral não-qualificada. Daí que em cinqüenta anos a relação entre população urbana e rural se inverteu de maneira espetacular: nos anos trinta, cerca de 80% era rural e aproximadamente 20% urbana; nos anos oitenta, o contrário.
Na esteira da explosão urbana o drama do desemprego – e a resistência dos trabalhadores, seja mediante suas organizações sindicais, dos anos cinqüenta em diante, sobretudo, seja através de estratégias outras de sobrevivência – que hoje envolvem em torno de 1,2 milhão de brasileiros.
Uma frente parlamentar em defesa da economia solidária, que reivindica fundo de financiamento próprio e uma Lei que a incentive reflete essa realidade.
Cabe acrescentar, entretanto, que as formas de economia solidária e a o setor informal como todo necessitam de uma boa economia formal para sobreviverem. Ou seja: não h’;a como escapar ao desafio do crescimento econômico com distribuição de renda e valorização do trabalho.
3 comentários:
O fato inequívoco é que sem desenvolvimento econômico com distribuição de renda é impossível melhorar os índices sociais. Sua opinião está correta.
Leopoldo Carvalho
Essa frente parlamentar bem que pode ajudar, mas épreciso,sim,um bom desenvolvimento econômico do nosso Brasil com efetiva distribuição de renda.
Aristeu Lins
Essa é uma opinião correta, que o Blog Acerto de Contas valorizou ao republicá-la.
Também penso assim.
Acompanho seus pronunciamentos, sr. Luciano, e me identifico muito com as suas opiniões.
Leonildo Gomes
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