06 junho 2009

Eduardo X Jarbas

Blog de Inaldo Sampaio:
Eduardo Campos não tem medo de Jarbas Vasconcelos
. Sexta-feira à tarde, no Palácio do Campo das Princesas, após discursar numa solenidade alusiva ao Dia Mundial do Meio Ambiente, o governador Eduardo Campos parecia sem disposição para falar sobre temas políticos. Mas ao ser informado de que Jarbas Vasconcelos chamara seu governo de “virtual” num ato político do PMDB no município de Floresta, pôs as unhas de fora.
Eis algumas de suas opiniões externadas para cinco jornalistas:
. Primeira: Jarbas teve o tempo dele posto que governou o Estado por oito anos. Era aliado do presidente Fernando Henrique Cardoso e vendeu o maior patrimônio de Pernambuco (a Celpe, por R$ 1,7 bilhão). Portanto, não teve dificuldade de caixa para governar.
. Segunda: Os pernambucanos não sentem saudade do governo dele porque destronaram o seu grupo político do poder pela maior diferença de votos já registrada até hoje em Pernambuco.
. Terceira – Pernambuco está vivendo um novo tempo e não quer mais saber de político que não lê, não estuda e só sabe fazer política esculhambando os adversários. O povo está se lixando para brigas ocas, vazias, que não conduzem o Estado a lugar nenhum. Esse é um tempo que ficou para trás e dele os pernambucanos não sentem saudade.
. Quarta: Na política, é preciso saber ganhar e saber perder. Quando Arraes perdeu a eleição em 98, para o próprio Jarbas, ele, Eduardo Campos, aceitou o veredito das urnas com humildade e recomeçou a caminhada que, oito anos depois, o conduziria ao Palácio do Governo.
. Quinta: Não é hora de falar sobre eleição. Mas, se esse for o caso, que venha Jarbas Vasconcelos para o confronto com ele em 2010. “Essa é a torcida da minha família e da grande maioria dos meus auxiliares para nós passarmos esse jogo a limpo”, confidenciou.
. Sexta: Seu governo é monitorado por pesquisas e está amplamente aprovado pelos pernambucanos. Hoje, num confronto direto com o senador, o placar seria de 65 a 22 em seu favor. Logo, que venha o senador para a disputa.
. Sétima: “Sou cristão, sou largo, sou educado e aprendi a respeitar os meus adversários. Faço política com grandeza e não vou fazer o jogo daqueles que, por mesquinhez, só sabem viver arengando”.
. Oitava: Ter largueza em política é uma arte e o senador Sérgio Guerra prova que a tem. Sempre se deu bem como todos os lados. Relacionava-se bem com a oposição quando era seu aliado no PSB e se relaciona bem o atual governo mesmo pertencendo a um partido de oposição.
. Nona: Embora esteja preparado para o confronto com o senador, não certeza de que ele será mesmo candidato a governador porque é acostumado a correr da luta. Fugiu em 94 para não enfrentar Miguel Arraes e correu em 2002 para não ser o vice de José Serra.
. Décima: No máximo, as oposições, juntas, deverão eleger sete deputados estaduais. Os 18 restantes serão eleitos pelos partidos que apóiam seu governo.

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