Sentido estratégico da Organização de Base
Luciano Siqueira
À semelhança dos bons poetas, que são capazes de perceber o significado universal do simples desabrochar de uma flor, o militante há que compreender o valor estratégico de certas formas de organização – às vezes aparentemente burocráticas ou rotineiras.
Como a Organização de Base, que no PCdoB é considerada “esteio da ação partidária cotidiana”, conforme assinala o artigo 34 do Estatuto. E que por isso mesmo deve se constituir em agrupamento natural de militantes que convivem no dia a dia através de relações de trabalho, de moradia, de estudo ou mesmo de pertencimento a um movimento, de qualquer dimensão, em torno de uma causa comum.
Quem experimenta atuar assim, gosta. E se anima, na medida em que a troca de ideias, experiências e sentimentos enriquece a cada um e a todos. E se, despidos de qualquer traço burocrático ou de “obrigatoriedade formal”, os integrantes da Organização de Base cuidam de lhe darem vida ativa, permanente e criadora, seu papel de “esteio” estará assegurado. Na prática, de maneira viva e prazerosa.
O prazer de pertencer a uma OB será tanto maior quanto os militantes ali agrupados se tornarem capazes de enxergar a realidade à luz do Programa Socialista e da orientação tática do Partido. Dos fatos mais simples aos mais complexos.
Exemplo 1 – Um “trombadinha” acaba de surrupiar a bolsa da senhora que transitava pela calçada meio que descuidada. A reação natural das pessoas é perseguir o infrator e, agarrando-o, agredi-lo com palavras e até fisicamente – porque só enxergam a razão imediata do fato. Já o militante comunista, instruído pelo Programa Socialista e pela literatura e pelo debate partidário alimentado em tempo real, apelará para que a violência não se consuma, pois é capaz de situar aquele incidente no contexto das desigualdades sociais e da opressão e da exploração capitalista, que engendram a marginalização e fomentam a figura do “trombadinha”. Dá uma boa discussão na OB.
Exemplo 2 – O portal Vermelho (que todo militante deve acessar diariamente) acaba de publicar documento da Comissão Política Nacional - “Comunistas propõem luta por mais conquistas e programa avançado”-, contendo análise do atual momento político do País e orientando a conduta dos militantes. Por que não imprimir cópias ou repassar o texto por e-mail e convocar imediatamente uma reunião (ou assembléia, a depender do tamanho da OB)? Se todos tiverem lido o texto antes, em não mais do que duas horas a o debate estará concluído, sobrando tempo para uma confraternizaçãozinha, que ninguém é de ferro.
Onde está então o sentido estratégico da OB? Está aí, na possibilidade de capacitar militantes a compreenderem a realidade em movimento, e assim se sentirem mais seguros e confiantes nas iniciativas que lhes cabem – na fábrica, na escola, no bairro, na reunião do sindicato, do grêmio ou diretório acadêmico, da associação dos moradores, nos movimento LGBT, de mulheres, negros e assim por diante. E até no cine-clube ou no grêmio cultural ou com a turma da pelada de fim de semana, se for o caso. Isto significa disseminar, feito água de chuva que bate no solo e se espalha, junto ao nosso povo, as ideias do Partido e, assim, impulsionar a luta imediata associada à luta geral por um novo projeto nacional de desenvolvimento, pré-requisito do avanço futuro no rumo do socialismo. (Publicado no portal Vermelho e no Portal de organização do PCdoB).
À semelhança dos bons poetas, que são capazes de perceber o significado universal do simples desabrochar de uma flor, o militante há que compreender o valor estratégico de certas formas de organização – às vezes aparentemente burocráticas ou rotineiras.
Como a Organização de Base, que no PCdoB é considerada “esteio da ação partidária cotidiana”, conforme assinala o artigo 34 do Estatuto. E que por isso mesmo deve se constituir em agrupamento natural de militantes que convivem no dia a dia através de relações de trabalho, de moradia, de estudo ou mesmo de pertencimento a um movimento, de qualquer dimensão, em torno de uma causa comum.
Quem experimenta atuar assim, gosta. E se anima, na medida em que a troca de ideias, experiências e sentimentos enriquece a cada um e a todos. E se, despidos de qualquer traço burocrático ou de “obrigatoriedade formal”, os integrantes da Organização de Base cuidam de lhe darem vida ativa, permanente e criadora, seu papel de “esteio” estará assegurado. Na prática, de maneira viva e prazerosa.
O prazer de pertencer a uma OB será tanto maior quanto os militantes ali agrupados se tornarem capazes de enxergar a realidade à luz do Programa Socialista e da orientação tática do Partido. Dos fatos mais simples aos mais complexos.
Exemplo 1 – Um “trombadinha” acaba de surrupiar a bolsa da senhora que transitava pela calçada meio que descuidada. A reação natural das pessoas é perseguir o infrator e, agarrando-o, agredi-lo com palavras e até fisicamente – porque só enxergam a razão imediata do fato. Já o militante comunista, instruído pelo Programa Socialista e pela literatura e pelo debate partidário alimentado em tempo real, apelará para que a violência não se consuma, pois é capaz de situar aquele incidente no contexto das desigualdades sociais e da opressão e da exploração capitalista, que engendram a marginalização e fomentam a figura do “trombadinha”. Dá uma boa discussão na OB.
Exemplo 2 – O portal Vermelho (que todo militante deve acessar diariamente) acaba de publicar documento da Comissão Política Nacional - “Comunistas propõem luta por mais conquistas e programa avançado”-, contendo análise do atual momento político do País e orientando a conduta dos militantes. Por que não imprimir cópias ou repassar o texto por e-mail e convocar imediatamente uma reunião (ou assembléia, a depender do tamanho da OB)? Se todos tiverem lido o texto antes, em não mais do que duas horas a o debate estará concluído, sobrando tempo para uma confraternizaçãozinha, que ninguém é de ferro.
Onde está então o sentido estratégico da OB? Está aí, na possibilidade de capacitar militantes a compreenderem a realidade em movimento, e assim se sentirem mais seguros e confiantes nas iniciativas que lhes cabem – na fábrica, na escola, no bairro, na reunião do sindicato, do grêmio ou diretório acadêmico, da associação dos moradores, nos movimento LGBT, de mulheres, negros e assim por diante. E até no cine-clube ou no grêmio cultural ou com a turma da pelada de fim de semana, se for o caso. Isto significa disseminar, feito água de chuva que bate no solo e se espalha, junto ao nosso povo, as ideias do Partido e, assim, impulsionar a luta imediata associada à luta geral por um novo projeto nacional de desenvolvimento, pré-requisito do avanço futuro no rumo do socialismo. (Publicado no portal Vermelho e no Portal de organização do PCdoB).
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