Cultura e desenvolvimento
Eduardo Bomfi, no Vermelho
Adquiriu
dimensão exacerbada o caráter irracional do sistema capitalista sob as
políticas adotadas pela Nova Ordem mundial.
Em função do agravamento da
crise financeira internacional, o aumento das tensões políticas, o alastramento
dos focos das guerras de rapina no Oriente Médio, no continente africano, e a
agenda diversionista divulgada através da grande mídia hegemônica com
abrangência planetária.
Que determina a pauta das
notícias a serem divulgadas e as demais que devem ser evitadas, ou
discretamente noticiadas de maneira confusa, quase incompreensíveis aos
cidadãos, mas sempre tendo algo em comum: a propagação do ceticismo em relação
ao progresso, ao futuro, seja dos indivíduos, sociedades, Países.
É importante para o Mercado
financeiro que as pessoas não se sintam cidadãos de uma nação em particular,
assim como de uma região específica, que lhes impossibilitem a identidade comum
na cultura, típica do pertencimento a um determinado povo.
É o contrário do que falou
Tolstói: se queres ser universal, começa por pintar a tua aldeia. E assim por
diante na escala dos insubstituíveis altos valores da humanidade.
Essa visão distorcida do
conhecimento imposta às sociedades revela uma incrível pasteurização dos
fenômenos culturais, ideológicos, políticos, um cosmopolitismo subalterno
enunciado como síntese de uma pós-modernidade falsa.
Cuja finalidade é a
uniformização dos padrões de consumo, difundido espertamente como evolução das
sociedades, através da informação dita como asséptica.
Mas como já se disse: não há
informação neutra, elas possuem conteúdo de classe. No caso atual, é o das
forças hegemônicas do Mercado financeiro.
O desenraizamento dos
indivíduos, comunidades, é um dos fenômenos mais danosos da atualidade,
facilita a aculturação social em proporções industriais, perda de referências,
do contínuo histórico, possibilitando nos dias atuais a reestreia do pensamento
autoritário ou até neofascista.
Assim, um dos grandes desafios
do Brasil, além da retomada do desenvolvimento sob bases mais avançadas, da
luta democrática e a legalidade constitucional, é a batalha em defesa da nossa
cultura, da nossa memória, identidade nacional para que se possa ter os olhos
voltados, e críticos, sobre o que há de avançado atualmente produzido pela
humanidade.
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da atualidade: http://migre.me/kMGFD
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