09 julho 2020

Redes sociais, arte e mensagem


Quanto mais conteúdo, mais atenção
Zanzul Alexandre*


As redes sociais vem despertando vários debates, um deles nem é tão antigo, mas agora está na bola da vez “as bolhas sociais”. A regra é clara, quanto mais engajamento, melhor, porém é muito importante saber o que falar e como falar, pois não é só de hastag ou de frases de efeito, é necessário conteúdo e interação.

A superficialidade e a emergência, aparentemente, sempre foi o principal nas redes, notícias rápidas, vídeos de até 30 segundos, fotos cheias de filtros para beirar a perfeição.

Mas com a pandemia, chegou uma mudança de comportamento, segundo Lela Batista, uma das maiores - e melhores - Criadoras de Conteúdo de Social Media para o Instagram do Brasil e do mundo, em entrevista recente, foi categórica: O natural, o específico e com conteúdo está em alta.

Outro ponto que ela fala é a preocupação no que as pessoas estão consumindo, há uma mudança de comportamento de consumo, “as pessoas querem saber a história das marcas, o que elas apoiam, quais seus princípios, se há uma preocupação com a sustentabilidade e meio ambiente”, analisa Lela. 

Um mau exemplo, que posso citar aqui, foi de uma “influencer” que fez uma festa em plena pandemia e soltou a frase “foda-se a vida” o resultado negativo foi imediato: seus milhares de seguidores foram atrás das marcas que lhe patrocinaram e exigiram um posicionamento, com isso veio o prejuízo: Mais de R$ 3 milhões em contratos suspensos e até agora, dois meses depois, a conta dela ainda está desativada.

Com isso a gente percebe que não adianta ter só conteúdo, mas qual o tipo de conteúdo. Estou comentando sobre marcas, mas isso vale muito para a política e para a vida, as pessoas se importam e procuram cada dia mais, uma identificação comportamental, de ideias e vivências.
*Zanzul Alexandre é formada em Gestão de Turismo e pós-graduanda em Sustentabilidade Urbana pelo Instituto Federal de Pernambuco.
Com um livro à mão para resistir https://bit.ly/3cAI1te

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