Continua
a dúvida se o Brasil está tão bem assim para enfrentar os europeus
Tenho a impressão que as seleções
médias da Euro melhoraram, enquanto na América do Sul, ficaram piores
Tostão,
Folha de S. Paulo
Está
difícil acompanhar, nos detalhes, o Campeonato
Brasileiro, a Eurocopa e
a Copa América.
Às vezes, não consigo entender o que acontece em um jogo. Imagine em dois ou
três ao mesmo tempo.
Multar
Tite e Marcelo Moreno por criticarem a organização da Copa América é uma
atitude autoritária da Conmebol. Até o final da semana, 166 pessoas
relacionadas à competição foram infectadas pela Covid-19.
Neste
domingo (27), o Brasil enfrenta o Equador. A vitória de
virada, por 2 a 1, contra a dura marcação da Colômbia, foi mais uma
demonstração da enorme vontade de vencer que tem o time brasileiro. O mesmo
ocorre até nos amistosos. Por isso, o Brasil, desde a época de Dunga, foi
ironicamente apelidado de campeão mundial de amistosos.
Isso
me faz lembrar também de 2013, na Copa das Confederações, quando a seleção
brasileira ganhou da
Espanha, na final, por 3 a 0, com uma grande festa no Maracanã.
Parecia um timaço, favorito para ganhar o Mundial. Um ano depois, perdeu por 7 a 1
para a Alemanha. Continua a dúvida se estamos tão bem assim para
enfrentar os europeus. Temos de aprender com a história.
O
gol da vitória da seleção, contra a Colômbia, no último minuto, de escanteio,
não foi nada surpreendente. Casemiro é excelente na jogada aérea, e Neymar,
além de seu enorme repertório, é craque também para bater escanteios.
Tenho
a impressão, que precisa de mais tempo para se tornar uma convicção, que as
seleções médias que se classificaram para as oitavas de final da Eurocopa, como
País de Gales, Dinamarca, Suécia, Suíça, Áustria, República Tcheca e Ucrânia,
melhoraram nos últimos anos, enquanto, aqui na América do Sul, fora Brasil e
Argentina, as outras seleções estacionaram ou pioraram. Continuam com quase os
mesmos jogadores das últimas temporadas.
As atuações do Brasil nas Eliminatórias têm sido boas,
eficientes, mas o time depende demais de Neymar receber a bola pelo centro, para fazer a transição de
uma intermediária à outra. Tem funcionado bem porque Neymar está em grande
forma e porque os adversários são fracos. Existe ainda o risco de alguns
jogadores se acomodarem e deixarem para Neymar resolver os grandes desafios. Se
parte da imprensa costuma colocar a culpa das derrotas no principal craque, os
jogadores, mesmo sem racionalizar, podem pensar o mesmo.
A
Copa América tem confirmado também que a seleção possui alguns jogadores
essenciais, titulares absolutos da equipe, como Neymar, Casemiro, Marquinhos e
Thiago Silva. Nas outras posições, faz pouca diferença quem será escalado,
embora alguns, como Richarlison, sejam mais regulares.
No
sábado (26) começaram os jogos das oitavas de final da Eurocopa. Todas as
principais seleções se classificaram. A Itália, que foi muito bem nas três
partidas, enfrentou a Áustria. Nesta fase, teremos dois clássicos, Bélgica e
Portugal e Inglaterra e Alemanha. Não há favoritos.
Nos
clássicos entre França e
Alemanha e entre França e
Portugal, ainda na fase de grupos, as seleções, em vez de
pressionarem para recuperar a bola mais à frente, o que gera intensidade de
jogo, priorizaram a marcação mais recuada, para fechar os espaços e contra-atacar,
o que torna o jogo mais cadenciado, a não ser em lances esporádicos, com
jogadas em velocidade, especialmente para jogadores como Mbappé e Cristiano
Ronaldo.
Temos
de enxergar também o momento, que pode não ser igual ao instante seguinte.
.
Veja: Veja: Como a gente se encontra nas redes
https://bit.ly/3mLkOvf
Nenhum comentário:
Postar um comentário