02 outubro 2006

A força de Lula e as artimanhas da direita

Em primeiro lugar, é preciso destacar a força do presidente Lula. Diante de tão violento ataque, nenhum outro candidato teria essa expressiva votação. Desde o ano passado, a oposição direitista e mídia desenvolvem uma intensa campanha para desgastar e derrubar o atual governo. Qualquer outro governante já teria caído. O presidente Lula não só resistiu à ofensiva, como consolidou sua votação em amplos setores da sociedade, em especial nas camadas populares. Nas duas últimas semanas, com a explosão da nova crise política, da chamada “guerra dos dossiês”, a direita e a mídia reforçaram ainda mais seu discurso golpista. Nunca se viu tanto ódio das elites conservadoras contra um governo. A ofensiva, que já era brutal, ficou ainda pior.

A oposição liberal-conservadora mostrou que não tolera a democracia. Inventou todos os tipos de mentiras e conclamou ao golpe. Deixou claro que não aceitaria a vitória do presidente Lula, que faria de tudo para jogar a decisão para o segundo turno. Pior ainda: anunciou que não toleraria a reeleição de Lula, que tentaria evitar sua diplomação. Caso esse golpe não funcionasse, anunciou também que apostaria tudo no impeachment no segundo mandato. Graças ao apoio descarado da mídia hegemônica, o bloco PSDB-PFL escondeu o conteúdo do dossiê das sanguessugas, que incriminava vários tucanos, e só falou da tentativa desastrada de compra deste dossiê. E ainda transformou um agente federal, que tirou fotos ilegais, num herói. Se alguém do nosso campo tivesse vazado aquelas fotos, seria a maior gritaria da oposição e da mídia contra esta ação ilegal.

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