No Jornal do Commercio, coluna Pinga-Fogo,
por Inaldo Sampaio
Qual o caminho? 1959 ou 1988?
Que têm em comum o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e o vice-prefeito do Recife Luciano Siqueira? Aparentemente nada, salvo o fato de terem pertencido ao MDB (não confundir com o PMDB de hoje) durante o governo militar. Em artigo para jornais sulistas no domingo passado, o ex-presidente da República critica o seu partido e os “Democratas” por não estarem fazendo oposição ao governo Lula, salientando que sem “definições simples, abrangentes e claras sobre o que os partidos querem, as discussões serão sempre sobre quem em vez de ser sobre o para quê (grifo nosso).
Nesse mesmo dia, o vice-prefeito Luciano Siqueira tecia críticas ao PT por não dar explicações à sociedade sobre o que diferencia o grupo do prefeito João Paulo do do ex-ministro Humberto Costa. A briga no partido seria pessoal e não em torno de idéias, diz o vice-prefeito do Recife, acrescentando não ser “sensato” que os outros partidos do campo da esquerda “aguardem indefinidamente a resolução dos problemas internos do PT”.
Para ele, há dois caminhos que as esquerdas podem percorrer se quiserem ganhar ou perder as eleições. Se quiserem ganhar, afirma, o exemplo é o de 1959 quando as forças populares se uniram em torno de um suplente de deputado estadual (Miguel Arraes) e ele venceu a eleição. Mas também se quiserem perder o exemplo é o de 1988 quando o mesmo Arraes não se entendeu com Jarbas Vasconcelos, lançaram Marcus Cunha como candidato a prefeito e ele perdeu para Joaquim Francisco por 100 mil votos.
Um comentário:
Sr.Luciano:
Nunca se deve esquecer as lições da história.
Cordialmente,
Francisco Bonifácio - Olinda
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