26 fevereiro 2009

Partilha desigual

. O trabalhador paga duas vezes. Nos períodos de expansão da economia é submetido a condições em geral escorchantes da venda de sua força de trabalho, via salários insuficientes e direitos via de regra desrespeitados. Em tempo de crise, as empresas colocam o corte de mão de obra no primeiro item da redução de custos. E disso se aproveitam para imporem suas condições.
. O Valor Econômico noticia que os acordos para redução de jornada e de salários multiplicaram-se em fevereiro e envolveram trabalhadores de um número maior de segmentos. O número de trabalhadores que tiveram sua renda reduzida em função desses acordos, licenças ou suspensão temporária dos contratos praticamente triplicou em fevereiro, totalizando 90.163 pessoas, contra 31.553 em janeiro.
. Além dos setores que sofrem os efeitos do agravamento da crise internacional desde o fim de 2008, como o automobilístico, também fizeram acordos empresas dos setores agrícola, de alimentação, borracha e aviação. . O total das demissões em massa (considerando cortes de pelo menos cem pessoas por empresa) também aumentou, totalizando 9.454 até o momento, contra 6.791 em janeiro. Os cortes envolvem empresas de grande porte e que fazem parte de uma longa cadeia produtiva, como Embraer, AGCO, Dana e Nilza.

Um comentário:

Anônimo disse...

Esse é o terreno da luta de classes inevitável e que move a sociedade. Gosto de ver o meu vereador defendendo os trabalhadores, o que aliás é a sua principal característica de militante lutador e sensível.
Ana Cláudia