No Jornal do Commercio, por Bruna Serra:
Siqueira adverte sobre incontinência verbal
. Apesar da discrição com que costuma atuar na vida pública, o deputado estadual e ex-vice-prefeito do Recife Luciano Siqueira (PCdoB) engrossou o tom, ontem, ao avaliar a recente troca pública de alfinetadas entre petistas e socialistas. “Nós ouvimos e lemos nos últimos dias muitas declarações inconvenientes, exageradas para a natureza do que estava acontecendo. Uma verdadeira incontinência verbal, que só cria um clima negativo e desagradável”, disse, durante debate na Rádio JC/CBN que contou ainda com os deputados estaduais Waldemar Borges (PSB) e Daniel Coelho (PSDB).
. As declarações de Siqueira deixaram o colega de Parlamento e líder do governo, Waldemar Borges (PSB), visivelmente constrangido, uma vez que seu nome consta na lista dos socialistas que trocaram farpas com o PT. O comunista atribuiu a tensão entre os integrantes das duas legendas a um já crescente interesse pelo comando do Executivo Estadual.
. “Essa incontinência verbal é uma tensão antecipada em relação a 2014. Por que? Porque o governador Eduardo Campos (PSB) não será mais candidato à reeleição. É natural que surjam, no seio da Frente Popular, pretensões legítimas de disputar a eleição”, explicou, antes de condenar a precipitação do debate e cobrar: “É possível viver as eleições municipais sem fissuras na Frente Popular”.
. Waldemar Borges, por sua vez, lembrou que nas eleições municipais de 2008 surgiram situações semelhantes. “No entanto, a Frente buscou construir a unidade onde foi possível”, disse. Em um recado aos mais exaltados, o socialista garantiu que a sucessão do governador não será definida pelo número de prefeitos e vereadores que cada partido emplacar no pleito municipal do próximo ano. “Será no embate político mesmo”, asseverou.
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