18 agosto 2014

Uma mini-crônica para descontrair

O pardal gosta de poesia
Luciano Siqueira

Breve parada de fim de tarde, interregno na atribulada agenda. Melhor não pensar no que há para fazer daqui a pouco mais de uma hora. E deixar que os versos de Drummond fluam como um afago de brisa:

Gastei uma hora pensando em um verso

que a pena não quer escrever.
No entanto ele está cá dentro
inquieto, vivo. 
Ele está cá dentro
e não quer sair.
Mas a poesia deste momento
inunda minha vida inteira.

Epa! Você aqui novamente, pardal. Que bela surpresa! Você gosta de poesia, danadinho. Outro dia apareceu na horinha exata em que folheava Vinícius. Hoje é Drummond. Se você está habituado a visitar essa janela do escritório daqui de casa, curioso de ver o que se pensa, o que se escreve e o que se passa, deve estranhar o silêncio do apartamento habitado por duas criaturas envolvidas diuturnamente com a luta do povo. Nossos horários não batem com o seu, é uma pena. Vamos dar um jeito de escapar de vez em quando, como hoje, quando a tarde vai findando. É a sua hora preferida? Quem sabe possamos nos tornar bons amigos.
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