08 maio 2016

Silêncio constrangedor

Alguns poucos dentre a grande maioria dos deputados que votaram pelo impeachment ensaiaram argumentos de ordem jurídica e política para justificar o seu voto. Uma espécie de arremedo de dignidade – para disfarçar o gesto antidemocrático.
Agora, com o afastamento de Eduardo Cunha com base em todo o cortejo de crimes de corrupção que o presidente da Câmara cometeu, vem á tona seu vasto currículo meliante – que a mídia conhecia desde a sua eleição para a presidência da Câmara e espertamente ocultou.
Que pensam agora os tais deputados que tergiversaram sobre sua conduta golpista?
Que têm a dizer sobre Cunha e seu esquema criminoso?
Terão algum laivo de inquietação diante da natureza espúria do processo de impeachment, agora escancarada perante a Nação e a opinião pública internacional?
Calam.

Mas a História não os absolverá.

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