Joseph Albers
Complementar,
subsidiário e subalterno
Luciano Siqueira
Um dado citado pelo Valor
Econômico demonstra, mais uma vez, o quanto nossa economia está atrasada no
concerto mundial.
Metade do valor das exportações brasileiras
em 2018 se apóia em sete commodities: soja, óleos brutos de petróleo, minério
de ferro, complexo carnes, celulose, açúcar e café, que renderam US$ 120,3
bilhões ao país, precisamente 50,2% do total exportado.
Ou seja, a tendência crônica ao enfraquecimento
relativo de produtos industrializados em nossa pauta de exportações se acentua
ano a ano.
A baixa competitividade de nossa indústria
situa o Brasil entre as economias complementares, subsidiárias e subalternas na
divisão internacional do trabalho.
País ascendente, que chegou ao posto de
oitava economia no mundo, patina diante do desafio de se afirmar como nação
independente e soberana, capaz de competir no mercado internacional por méritos
de sua própria indústria.
Não é problema simples, bem sabemos.
A competitividade envolve uma gama de
fatores – da contínua incorporação de novas tecnologias ao sistema produtivo a
um regime fiscal mais favorável.
Entretanto, a situação só tende a se agravar
na medida em que o atual governo considera a questão secundária e aponta para
uma maior flexibilização para a importação de produtos industrializados,
incluindo a redução de alíquotas.
Um novo projeto nacional de desenvolvimento
haverá de contemplar essa questão com corajosa abordagem política e diplomática
e soluções técnicas adequadas e em tempo hábil.
Tarefa de uma ampla frente democrática, que
venha a reconquistar as rédeas da nação e imprimir novo ciclo progressista.
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