30 maio 2019

Estagnação


Como não tirar o país da crise
Luciano Siqueira

O tema reclama análise mais circunstanciada. Mas os números do IBGE são claros. Os primeiros três meses do governo Bolsonaro têm o desenho de uma economia estagnada.
O PIB caiu 0,2% de janeiro a março, comparado ao 4º trimestre de 2018, o primeiro resultado no vermelho após dois anos (oito trimestres) seguidos de recuperação da atividade, ainda que com desempenho fraco.
O PIB havia crescido 1,1% em 2017 e em 2018, para depois afundar em 7,6% em 2015 e 2016.
Que faz a chamada equipe econômica?
Esperneia na insistência na consigna “mágica” de que o ajuste fiscal é tudo, sem o qual a economia não voltará a decolar.
Política industrial? Nada.
Estímulo a investimentos produtivos? Zero.
Olhos fechados ao fato indiscutível de que sem investimentos estatais pesados em infraestrutura a economia não decola, o emprego não cresce, o consumo permanece decadente e a estagnação reina.
Nenhum país do mundo atesta a eficiência da fórmula ultra liberal, tendo como carro chefe o ajuste das contas públicas.
Os próprios EUA, Meca do bolsonarismo, navega na economia ostentando dívida pública trilionária.
Aqui, a economia não sai do canto e, concomitantemente, se deteriora precocemente a confiança num governo que a todo instante se mostra sem eira nem beira.
Em contraposição, uma das tarefas urgentes da oposição é exibir uma plataforma alternativa à agenda do governo, em torno da qual possam se unir amplas correntes políticas e sociais e se estimular a resistência popular e democrática.
[Ilustração: Wladyslaw Strzeminski]
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