23 setembro 2022

Urnas sob crivo das Forças Armadas

TCU quer detalhes da checagem paralela das urnas dos militares nas eleições 2022

Tribunal enviou questionamentos à Defesa sobre intenções das Forças Armadas, que têm cinco dias para responderem
Johnny Negreiros, Jornal GGN

Diante dos anúncios de fiscalização e atuação das Forças Armandas nas eleições, o Tribunal de Contas da União (TCU) questionou diretamente o Ministério da Defesa sobre a apuração paralela que os militares pretendem fazer nas 385 urnas eletrônicas nas eleições de outubro, por meio de um ofício enviado nesta quarta (21).

Os questionamentos foram enviados pela secretária-geral de Controle Externo do órgão, Dione Barbosa. Ela quer saber se ocorrerá a apuração paralela, quais serão os critérios utilizados e quais os objetivos dos militares com isso. Entre as perguntas, o TCU questiona o que as FA farão caso os dados colhidos dos 385 boletins de urnas divirjam dos resultados oficiais.

Segundo os quartéis, essa amostra garante índice de confiabilidade de 95%. Porém, a contagem do Tribunal usará aproximadamente 4650 urnas. Isso é 1% do total e o número é 10 vezes maior que a quantidade de aparelhos que serão levados em conta pelas Forças Armadas.

Notícia divulgada pela Folha de S.Paulo no início mês dava conta que militares teriam feito um “acordo” com o presidente do TSE, Alexandre de Moraes, para realizar a contagem própria dos votos no pleito deste ano. O Tribunal Superior Eleitoral desmentiu a existência de um acordo, mas confirmou a possibilidade de contagem parelela por qualquer cidadão ou instituição.

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