Salário mínimo tem ganho real pelo quarto ano seguido no governo Lula
Retomada da política de valorização do salário mínimo colocou fim à reposição apenas nominal dos governos Temer e Bolsonaro; salário mínimo em 2026 será de R$ 1.621
Murilo da Silva/Vermelho
A aprovação do orçamento para 2026 pelo Congresso Nacional estabeleceu o salário mínimo em R$ 1.621 para o próximo ano. Em janeiro, ele já entra em vigor e os trabalhadores e aposentados já receberão seus proventos com reajuste no mês de fevereiro.
O novo valor eleva em R$ 103 o antigo salário mínimo, que está em R$ 1.518. O reajuste é de 6,79% (de forma aproximada) e representa o quarto ano seguido de ganho real para os trabalhadores. Trata-se de uma medida basilar do governo Lula.
O avanço previsto anteriormente era R$ 10 maior, porém o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), medido pelo IBGE, ficou abaixo do esperado com o fechamento de novembro, marcando 4,18% no acumulado de 12 meses.
Com base na regra do arcabouço fiscal, o reajuste do salário mínimo fica limitado à soma da inflação com o aumento do PIB de dois anos antes, limitado a um intervalo entre 0,6% e 2,5%. Assim, o crescimento foi limitado ao teto desse reajuste. A regra tem validade até 2030.
Valorização do salário mínimo
Nos governos Temer e Bolsonaro os trabalhadores ficaram sem aumento real do salário mínimo. Somente com o retorno do presidente Lula é que a política de valorização foi retomada, e logo pelo governo de transição no final de 2022 para o valor pago já em 2023.
Esta política é fundamental para a diminuição das desigualdades no Brasil, uma vez que o salário mínimo é referência para a renda de aproximadamente 60 milhões de brasileiros, incluindo os trabalhadores em atividade, os aposentados do INSS, os beneficiários do BPC/LOAS e os que recebem abono salarial.
Para o senador Paulo Paim (PT-RS), a medida cumpre uma promessa central da campanha do terceiro mandato do presidente Lula.
“O salário mínimo é um forte instrumento de distribuição de renda. É mais dinheiro no bolso do trabalhador, da trabalhadora, enfim, dos consumidores, ou seja, mais consumo, mais vendas nos pequenos e médios negócios e mais recursos circulando no conjunto da economia, todos ganham”, afirmou à rádio Senado.
[Se comentar, identifique-se]
Pobreza e desigualdade caem ao menor nível em três décadas https://lucianosiqueira.blogspot.com/2025/11/boa-noticia_25.html

Nenhum comentário:
Postar um comentário