20 abril 2007

Efeitos das privatizações

Na Gazeta Mercantil:
Está cada vez mais difícil encontrar energia elétrica disponível no mercado brasileiro, situação que tende a se agravar até 2011. Essa é a avaliação das próprias empresas responsáveis pela geração e distribuição de eletricidade, que divergem sobre a possibilidade de um novo apagão no País, mas concordam, todos, com uma coisa: o preço da energia - tanto para o mercado residencial quanto para o comercial e o industrial - ficará cada vez mais alto daqui para frente.

"Há pouca sobra de energia e a que tem está nas mãos das geradoras privadas, que preferem segurar a oferta à espera de melhores preços", diz Paulo Mayon, da Associação Nacional dos Consumidores de Energia (Anace). Segundo ele, a energia oferecida pelas estatais já foi quase toda contratada por meio de leilões do governo, que garante a entrega do insumo por 15 anos. A Copel, do Paraná, é uma das que não têm mais energia - toda a produção já está comprometida em contratos de longo prazo, com o primeiro vencimento em 2020. A mesma situação vive a Cesp, de São Paulo. "Estamos 100% contratados até ao menos 2013, quando vence uma pequena parcela dos contratos", diz o diretor de geração, Sílvio Areco. Para ele, o preço do insumo alcançará R$ 150 o MWh em 2008, um aumento de 43% sobre o valor de um ano atrás.

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