19 setembro 2007

DESTAQUE DESTA QUARTA-FEIRA

Mais evidência de que é preciso mudar a macroeconomia

O corte acima das expectativas de 0,5 pontos percentual nos juros básicos americanos, para 4,75% ao ano, deve repercutir no Brasil induzindo a continuidade da política de corte dos juros. É o que afirmam os chamados analistas de mercado.

De fato, para um analista experiente como o ex-Delfim Netto, o fluxo de capitais para o país deve aumentar. No seu estilo irônico, ele afirma que "o Brasil é o último peru disponível no mundo", chamando a atenção para as vantagens que o nosso país oferece aos investidores/especuladores estrangeiros por serem nossos juros internos mais elevados do que na maior parte do mundo.

Se o Copom vai mesmo retomar a queda da taxa de juros as dúvidas ainda persistem. Mas o que fica patente é a relação quase de vasos comunicantes entre o que acontece nos EUA e o desempenho de nossa economia. Já foi pior. Hoje, há que reconhecer que com os esforços bem sucedidos do governo Lula, o grau de vulnerabilidade externa se reduziu muito, o que se pode constatar pelo atual nível de nossas reservas monetárias. Entretanto, há muito que avançar nessa matéria, o que exige alterações na macroeconomia no sentindo de nos livrarmos dos condicionantes ortodoxos neoliberais.

Ou seja, solução política para problemas econômicos, que só o presidente da República pode bancar – se estiver convencido e souber exercer a autoridade que a sociedade hoje lhe delega.

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