06 setembro 2007

DESTAQUE DESTA QUINTA-FEIRA

Polícia Federal na postura que lhe cabe

Sob o governo Lula, dotada de liberdade de ação que jamais teve em governos passados, a Polícia Federal realizou, com êxito, mais de duas centenas de grandes operações investigativas que resultaram em flagrantes comprometedores e na prisão de supostos criminosos integrantes de quadrilhas cujos métodos de ação exibem uma mescla de pressuposto de impunidade com sofisticação.


Ganhou, assim, prestígio e poder. Mas cometeu erros lamentáveis, que desrespeitam direitos fundamentais que mesmo a alguém suspeito de crimes não se pode negar. Isso em busca de um glamour inapropriado para uma instituição dessa natureza.

O novo diretor geral, Luiz Fernando Corrêa, assume sob certa desconfiança da mídia, que insinua hipotéticas inclinações políticas do delegado. Por má fé ou desconhecimento de sua trajetória na própria PF e nos três anos e meio em que esteve no comando da Secretaria Nacional de Segurança Pública, SENASP.

Pois bem. O novo diretor geral da PF, em entrevista à Folha de S. Paulo, disse que "ninguém reinaugura a Polícia Federal. Assume e segue, dentro de uma normalidade já criada, como deve ser em uma polícia Republicana, de Estado."

E foi enfático quanto ao propósito de combinar eficiência m discrição e respeitos aos direitos do cidadão: “O sujeito foi preso, jogado como um pacote de batata no carro. Mostrar isso é excesso, é a pirotecnia que não agrega valor à polícia.”

Postura correta que a prática haverá de confirmar.

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