24 outubro 2008

A crise e os trabalhadores

No Vermelho, por Wagner Gomes:
Ricos é que devem pagar a conta da crise
. As centrais sindicais, a Coordenação dos Movimentos Sociais (CMS) e organizações progressistas devem unificar suas forças, mobilizar as bases e pressionar por mudanças imediatas na política econômica, a fim de conter a fuga de capitais e evitar que a crise comprometa a retomada do desenvolvimento nacional, sacrificando o emprego, a classe trabalhadora e o futuro da nação.
. O movimento sindical e a classe trabalhadora brasileira não devem se permitir o luxo de contemplar passivamente o desenrolar da crise, pois esta constitui uma série ameaça às modestas conquistas sociais obtidas desde a eleição do Lula, em 2002. Mesmo a ansiada retomada do crescimento pode não se sustentar, configurando um novo e indesejável vôo de galinha.
. O debate sobre a crise não deve ser confiado exclusivamente aos economistas nem confinado aos círculos técnicos, que por sinal estão majoritariamente comprometidos com o pensamento capitalista dominante. É preciso compreender que as divergências sobre o caminho a seguir no enfrentamento da crise refletem interesses conflitantes das classes sociais que se digladiam no entorno da política econômica, que em si nada tem de neutra, pois traduz o jogo de pressão e contrapressão da sociedade.

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