18 outubro 2008

Descobrindo a África no Brasil

Ciência Hoje Online:
Genética de populações confirma unidade de escravos brasileiros notada por Rugendas há 200 anos
. Os naturalistas alemães Johann Baptist von Spix (1781-1826) e Carl von Martius (1794-1868) percorreram o Brasil desde 1817 até 1820, quando retornaram à Europa com uma coleção de 6.500 plantas, 2.700 insetos, 85 mamíferos, 350 pássaros, 150 anfíbios e 116 peixes, que foi incorporada ao Museu de História Natural de Munique. (Imagine o que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis – Ibama – teria a dizer a respeito disso hoje!)
. Os relatos fascinantes feitos pela dupla peripatética sobre o nosso país encantaram o jovem pintor alemão Johann Moritz Rugendas (1802-185
O gráfico mostra a distribuição das linhagens mitocondriais dos brasileiros autodeclarados brancos. O da direita mostra a distribuição de haplogrupos nas linhagens africanas.
8), que veio para o Brasil em 1821, aos 19 anos. Rugendas foi inicialmente contratado como pintor em uma expedição à Amazônia comandada pelo Barão Langsdorff, o Cônsul-Geral da Rússia, mas se desentendeu com ele e acabou abandonando a excursão.
. Ele ficou então por sua própria conta no Brasil até 1825, documentando aspectos da nossa natureza e da nossa sociedade. Seus trabalhos foram reunidos no maravilhoso livro Viagem pitoresca através do Brasil (uma tradução sumarizada desse livro para o português foi publicada pela Editora Itatiaia em 1998).
. Rugendas se encantou particularmente com a ampla variedade de povos africanos no Rio de Janeiro, que captou em sua arte (ver figura). Como relatado por ele, “em um só golpe de vista o artista pode conseguir resultados que, na África, só atingiria através de longas e perigosas viagens a todas as regiões dessa parte do mundo”.
. Quando fizemos a análise detalhada das linhagens matrilíneas africanas presentes em brasileiros brancos, observamos que apenas três haplogrupos eram responsáveis por 69% delas: 30% das linhagens pertenciam ao haplogrupo L3e, 20% ao L2 e 19% ao L1c.
. Leia a matéria na íntegra: http://cienciahoje.uol.com.br/130002

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